Você ouviu falar da collab entre a Havaianas e a Dolce e Gabbana? As duas marcas se uniram para o lançamento de quatro modelos de sandálias com o design Havaianas e estampas da marca italiana. Por míseros (risos) R$349,99, seria possível ter um pedacinho da D&G aos seus pés.

Pois é disso que a gente quer falar, sobre qual é o grande hype que formou grandes filas, mobilizou a internet e esgotou rapidamente chinelos de dedo caríssimos.

Não nos entendam mal, a gente não tem nada contra nada disso. Inclusive, os calçados são bem bonitos. Mas vocês já pararam para pensar sobre o apelo que existe quando uma marca que é desejo de muitos fashionistas se une a uma marca brasileira mais “acessível”?

É claro que o desejo de adquirir algo de uma ou duas marcas mundialmente famosas é despertado. Ainda mais para quem curte moda. Além disso, existe toda uma sensação de pertencimento, de poder também ter um artigo da Dolce e Gabbana. A gente entende bem o sentimento, pois também já ficamos enlouquecidas – e também bem decepcionadas – com algumas grandes collabs. E, acredite, não haverá pertencimento a partir da compra desse item. :/

Sim, muitas vezes as compras nem passam pelo nosso racional, são puramente emocionais. Então, não é a funcionalidade que comanda a escolha, são questões ligadas aos sentimentos que aquela peça nos provoca. E não pense que isso é ruim!

No entanto, a gente ficou se perguntando o quanto o impulso pela compra causou esse rebuliço. Seria essa uma peça essencial no seu guarda-roupa ou uma paixão passageira? O sentimento de “tenho que ter” despertado compensa o esforço (seja o desgaste em aguardar horas na fila física ou virtual e até pagar a compra em parcelas)? Porque nós temos modelos lindos e bem mais em conta de Havaianas a disposição em qualquer cidade do Brasil, mas elas não causam tanta comoção assim, não é?
E será que se a collab fosse com uma marca brasileira, haveria tanto apelo? Fica o questionamento…

(Imagem: Divulgação/Havaianas)